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Bem-vindo a Trancoso!

Wilbert Das é um designer holandês que se apaixonou por um cantinho especial do mundo. Longe das multidões caóticas do carnaval do Rio de Janeiro e afastada da moderna capital Brasília: a tranquila cidade litorânea da Bahia, Trancoso, desfruta de um charme único, colonial e relaxante. As vidas simples e rítmicas dos moradores locais inspiraram o movimento criativo e pioneiro de Das, que busca afastar-se do consumo em massa. Os métodos artesanais tradicionais de Trancoso transformaram seu trabalho e levaram à criação de sua marca e de seu hotel UXUA, onde dois artefatos nunca são iguais.

Incorporando o lema da charmosa cidade, “não há estranhos em Trancoso”, Das nos leva consigo em uma viagem que explora molhos picantes caseiros, bares de praia e jantares à luz da lua que garantem à cidade o seu clima de equilíbrio e serendipidade.

UXUA em Trancoso

 

Qual é a sua primeira lembrança de Trancoso?

Tranquilidade. Tranquilidade total. Eu cheguei em 2004 nessa linda cidade permeada por uma vibe relaxante, colonial e tropical, quase como se ela houvesse parado no tempo. Só havia dois turistas – eu e um francês.

Como foi o momento em que você decidiu se mudar para Trancoso?

No meu primeiro dia lá, eu fiquei com medo de me entediar, porque era tudo muito pacato. Mas no terceiro dia, o ritmo relaxado de Trancoso me hipnotizou. Acabei cancelando o resto do meu roteiro de viagem (que incluía uma ida à Amazônia). Eu passei os últimos dias da viagem procurando alguma casa antiga para comprar.

Quais são seus restaurantes favoritos da cidade?

Meu favorito é o Aki Sushi, acredite: o sushi brasileiro é excelente. Eu também amo o Capim Santo, o restaurante mais antigo de Trancoso. Inicialmente ele era um café macrobiótico, fundado há 30 anos. Há também um agradável restaurante nativo ao ar livre no Quadrado chamado Restaurante Vitória.

 

Um prato que todos que visitam Trancoso deveriam provar?

Sem dúvida o acarajé, uma comida de rua popular na Bahia. Além dessa, a moqueca de peixe, o prato oficial de Trancoso. Os visitantes deveriam provar esses pratos com o molho de pimenta caseiro. O molho feito em casa é uma tradição que data da época dos escravos, que traziam pimentas escondidas consigo nos navios vindo da África.

Que lugar você escolheria para um drinque no fim de semana?

Eu frequentemente vou à praia, especialmente aos domingos. Mas lá na vila eu gosto de ir visitar os carrinhos móveis à noite na entrada da praça da cidade, que vendem bebidas. Pra um programa um pouco mais refinado, eu recomendo o restaurante Jacaré do Brasil. Lá tem um salão de coquetéis excelente.

 

Qual das praias é a sua favorita?

A Praia do Rio da Barra, no sopé da serra logo abaixo da igreja. É o lugar onde ficava o bar de pescador mais antigo da cidade. O bar acabou sendo restaurado de uma maneira simples, servindo hoje como nosso salão de praia rústico. Os locais vêm aqui para fazer piqueniques, assim como os pescadores e suas famílias. Enquanto isso, índios Pataxós frequentemente passam por ali vendendo seu artesanato. É uma mistura maravilhosa – muito brasileira.

A característica de Trancoso que mais lhe agrada?

A temperatura média é de 29 graus, e o oceano é sempre quente.

 

Qual foi o lugar mais mágico que você já visitou no Quadrado?

A cada dois anos, em julho, ajudamos a organizar uma reunião de jogadores de capoeira do mundo todo no histórico Quadrado. 400 ou 500 deles fazem uma performance sincronizada, vestindo suas icônicas calças brancas. Tudo é feito à luz do sol se pondo, no final da tarde. É bem impactante.

Descreva o dia perfeito em Trancoso.

Bem, eu diria que a maioria dos dias aqui são perfeitos, de certo modo. Isso porque as coisas que não aprecio na vida moderna são totalmente ausentes aqui. Há uma incrível atmosfera de equilíbrio na vivência. As pessoas daqui não deixam de ser ocupadas: vivem cheias de trabalho, projetos criativos, esportes, música, dança e incontáveis romances. Porém, mesmo assim conseguem encaixar essas ricas vidas em dias e noites que nunca parecem agitados. Caminham em vez de dirigir. Todos dão pausas frequentemente para conversar e cumprimentar os conterrâneos, cujos nomes e histórias nunca são desconhecidos.

Porta Rústica Resort de Praia

 

Qual o seu dito popular brasileiro favorito?

“Não há estranhos em Trancoso” é uma expressão que eu ouço muito. Eu amo a frase porque ela captura a essência daqui como um dos lugares mais aconchegantes do mundo. Desde quando os hippies começaram a viajar para cá nos anos 70, sempre houve um ar de cordialidade e bom convívio; ninguém chega a ser tratado como estrangeiro. Isso é especialmente incrível nos dias de hoje, marcados por uma aparente devolução da civilidade em países que costumamos chamar de nações “mais avançadas do mundo”.

 

Artigo original por Fleur Rollet-Manus para a Suitcase.

Aproveite para conhecer o Terravista Vilas

SUA CASA EM TRANCOSO

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