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Em abril de 1965, o governo francês e britânico entraram em acordo e começaram a projetar em conjunto o que eles prometiam ser a revolução da aviação.

A princípio, a ideia do Concorde era cortar os gastos unindo dois países para idealizar um projeto de aeronave supersônica. Mas você sabe que fim teve esse avião?

A idealização do projeto

Era o começo da década de 60. Grandes potências como EUA, Inglaterra, França, e Soviética tinham muito interesse em progredir nos avanços tecnológicos relacionados a industria aeronáutica.

Muitas dessas agências criaram grande interesse comercial em aeronaves supersônicas. Isso aconteceu após Chuck Yeager, da Força Aérea dos Estados Unidos, quebrar a barreira do som utilizando um Bell X-1, na década de 40.

O Bell X-1, era um experimento que gastava muito combustível, inviabilizando seu uso comercial. Apesar disso, o veículo atingiu cerca de 1,5 mil km/h, marco conhecido como “Mach 1”.

Eventualmente, devido aos altos gastos dos países, dois deles se juntaram em uma parceria a fim de realizar algo inovador. A ideia era uma aeronave comercial turbojato supersônica e quadrimotor.

Concorde

Assim, em 1965 foi fabricada na França a primeira peça do protótipo nº1 do Concorde, finalizado em 1967. Além desse, também foi feito um segundo protótipo na Inglaterra, que ficou pronto em 69.

Enfim, em março do mesmo ano ocorre o primeiro voo do protótipo nº1. Este, que mais tarde chegaria a ultrapassar o feito de Bell x-1 e a marca do “Mach 2”, equivalente a 2.469 km/h.

Visibilidade internacional

Em  setembro 1971, o Concorde começou sua turnê mundial. O avião passou por uma série de países como “demonstração” e chegou até a inaugurar um aeroporto nos Estados Unidos. O aeroporto inaugurado foi o Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth, em 1973.

Com essa turnê, a aeronave ganhou fama do avião que revolucionaria toda a industria aeronáutica. Ao mesmo tempo, acumulou cerca de 70 pedidos de reservas da pré-venda do modelo ainda durante seu desenvolvimento.

O que chamava a atenção era que a aeronave não só chegava a uma velocidade maior ao Mach 2 mas também conseguia se manter nessa velocidade por muito tempo.

Problemas

Devido a conjunção de vários fatores uma tsunami de cancelamentos de pedidos atingiu o projeto. Na época, o Concorde não tinha sido totalmente desenvolvido ainda.

Concorde

Um dos fatores principais que atrapalharam o desenvolvimento da aeronave foi a falta de dinheiro para investimento no projeto. Com o passar do tempo, os custos de fabricação sofreram aumentos consideráveis, e inesperados pelos parceiros das companhias aéreas.

Cogitava-se que o avião custaria em torno de 70 milhões de libras para ser totalmente desenvolvido. O custo subiu para 1,3 bilhões de libras conforme o andamento do projeto.

Outro grande problema enfrentado pelo Concorde foram as críticas de ambientalistas ao projeto. Esses, protestaram contra a quantidade de combustível usada pelo avião, que chegava a 6,7 mil galões por hora, o dobro do que o Boeing 747, por exemplo, usava na época: 3,6 galões.

Os ambientalistas também criticavam o barulho ensurdecedor do avião ao decolar e ao pousar. Mais tarde, entidades reguladores proibiram o uso de aviões supersônicos em linhas comerciais também devido ao mesmo problema.

Como se não bastasse, a crise do petróleo dos anos 70 também atrapalhou as vendas do Concorde, que ao final de seu desenvolvimento, só tinha duas compradoras: a Air France e a British Airways.

Aposentadoria e acidente

Em conclusão, de 20 versões produzidas somente 14 foram usadas pelas companhias aéreas. Os voos comerciais do avião duraram de 1970 até 2003, e devido as dificuldades passadas durante seu desenvolvimento, as empresas simplesmente desistiram do projeto.

Apesar de todos os problemas enfrentados, o Concorde virou um mito na cena da aviação internacional, famoso entre empresários milionários e entusiastas de aviação civil.

Um fato curioso é que no ano de 1985, o Concorde decolou junto com um Boeing 747 para fazer um teste de velocidade. O primeiro, saiu de Boston e o Boeing de Paris, ao mesmo tempo.

O Concorde chegou em Paris e ficou uma hora inteira no solo parado, para só depois voltar para a cidade de onde saiu. Ele chegou em Boston 11 minutos antes do pouso do Boeing.

Acidente

Concorde

Em toda a trajetória do projeto inicializado em 1965 o Concorde sofreu apenas um acidente fatal, em julho de 2000. Durante o Voo Air France 4590, uma peça se soltou de um dos modelos da Air France e fez com que um incêndio acontecesse no seu motor.

A falha resultou numa tentativa fracassada de pouso de emergência pelo piloto da aeronave, onde todos os passageiros morreram. No total foram 113 pessoas mortas, sendo 4 delas no solo.

Fotos de Spiegel, Cavok, Ciencia e Tecnologia em Foco e 1843 Magazine.

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