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Neste artigo, você descobrirá como a barreira do som foi rompida pela primeira vez, e por que nós consumidores ainda não temos acesso à aviação supersônica (algo que mudará logo, logo!)

Contribuindo à nossa série de matérias sobre aviões, este texto foi traduzido diretamente da revista Wired. Você pode conferir o artigo original na íntegra aqui.

 

Tecnologia esquecida

Aviões supersônicos: o termo conjura ideias de velocidade, luxo e futuro. Porém, o primeiro voo a romper a barreira do som fez seu 70º aniversário este ano. Desde então, presenciamos o nascimento e o fim do avião Concorde, e hoje nossos aviões estão presos ao tédio das velocidades de aproximadamente 1000 quilômetros por hora, inferiores à velocidade do som. Uma viagem de Los Angeles a Nova York ainda demora dolorosas cinco horas e meia.

Mas não se desanime. Há companhias e agências trabalhando duro para ressuscitar a aviação supersônica.

 

O renascer da aviação supersônica

Na foto o conceito do avião projetado pela parceria NASA e Lockheed Martin.

A Boom Technology, localizada em Denver, nos Estados Unidos, está construindo um jato capaz de locomover por volta de 50 pessoas à velocidade  Mach 2.2, ou 2337 km/h, por volta do dobro da velocidade do som. Já a Aerion Corporation está fabricando um jato empresarial de nariz pontiagudo capaz de chegar ao Mach 1.5. Ambas querem fazer suas primeiras entregas até 2023.

A NASA e a Lockheed Martin estão trabalhando em um Low Boom Flight Demonstrator (demonstrador de voo de ‘boom’ baixo) para demonstrar que o som ensurdecedor que acompanhava o Concorde – e impedia que houvesse voos sobre terra – pode ser minimizado. Este avião pode um dia receber a designação X, que o torna o mais recente de uma longa linha de aviões experimentais. Também encaixa como uma referência ao primeiríssimo avião X.

 

A barreira irrefreável

Na foto um Bell X-1, o avião que quebrou a barreira do som pela primeira vez.

No dia 14 de outubro de 1947, o famoso piloto de testes Chuck Yeager assumiu o controle da cabine rebaixada do Bell X-1. Comparado aos aviões que o precederam, a aeronave mais parecia uma bala de revólver laranja-neon com asas. Isso foi proposital. Engenheiros de aerodinâmica sabiam que balas de revólver eram velozes e muito estáveis durante o voo, mas sofreram para fazer um avião que pudesse fazer a mesma coisa à velocidade Mach 1 (a velocidade do som no ar). A barreira do som era real e impenetrável, e tentar rompê-la tinha tomado a vida de vários outros pilotos-teste.

Então, os engenheiros bolaram ajustes inteligentes, sem a ajuda de modelagem computadorizada para entender onde estava o problema. O Bell X-1 introduziu uma cauda radicalmente nova que permitiria que Yeager mantivesse o controle enquanto o ar se comprimia à frente do avião, drasticamente aumentando a força de arrasto. (Esse padrão continua até hoje em jatos supersônicos militares.). A aeronave também possuía asas bem finas e um nariz pontiagudo que ajudariam a fatiar o ar atmosférico. Quando ativou as duas últimas câmaras do avião movido a foguetes, Yeager finalmente conseguiu romper a barreira do som. Assim começou a aviação supersônica: ao Mach 1.06, o piloto se tornou o homem mais rápido da Terra. Você pode assistir ao vídeo na matéria oficial da Wired.

O público ficou sem saber do voo recorde por vários meses, mas Yeager e o famigerado Bell X-1 são hoje reconhecidos por seus papéis fundamentais na transformação da aviação supersônica em rotina – por mais que se limite à aviação limitar. É possível que o resto do público viajante não terá que esperar tanto para usufruir dessas conquistas.

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