O terreno escolhido para a construção do Teatro L’Occitane era de terra com pouca vegetação. Tinha algumas plantas baixas e árvores secas – isoladas e espalhadas.
Quando medimos o terreno para definir a melhor posição para a construção do teatro, levando em consideração os ventos, incidência do sol, solo e etc. Nós tivemos como referência uma pequena árvore localizada no fundo central do futuro palco – a poucos metros de distância da entrada dos artistas, no lado oposto à entrada do público.
Mas percebemos que, mantendo aquela posição, tinha outra árvore no caminho, pequena, raquítica, ao mesmo tempo resistindo às condições do terreno, que se situava imediatamente à esquerda da entrada do público. Ela praticamente ficaria encostada no muro do futuro teatro.
Mesmo assim, queríamos conservar aquela planta solitária e até redirecionamos um pouco a posição do teatro. A localização da árvore, no entanto, ainda muito perto da construção, era complicada para as obras.
Durante a edificação com escavadeiras, maquinários, tratores, trânsito de material e etc, nossa árvore sofreu muito porque nem todos os trabalhadores tinham o afeto que sentíamos por ela.
Preservação do meio ambiente
Uma vez, ao ver um trator passar literalmente por cima da pobre árvore, mandei parar tudo.
Expliquei que sob nenhuma circunstância aquela árvore poderia morrer. Nós a queríamos inteira, bonita e exatamente no lugar onde ela estava. A partir de então, todos respeitaram a nossa árvore e ela não mais sofreu ataques cruéis. Sobreviveu às obras e foi ficando mais linda com o passar do tempo.
Agora ela está melhor do que nunca, com folhagem cheia e bem verde. Nossa árvore tornou-se muito importante para nosso teatro porque ela representa nossa bem-sucedida preocupação com o meio ambiente.
Assim, ela conquistou sua permanência junto ao Teatro L’Occitane e ocupa com orgulho o seu lugar, integrando-se ao público em cada um de nossos eventos.
Por Sabine Lovatelli.
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